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Bocage I

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Se não me esquecer, vou tentar colocar com alguma regularidade, um poema do grande mestre da terra.

Simplesmente BOCAGE...

II

Lá quando em mim perder a humanidade
Mais um daqueles, que não fazem falta,
Verbi gratia – o teólogo, o peralta,
Algum duque, ou marquês, ou conde, ou frade:

Não quero funeral comunidade,
Que engrole sub venites em voz alta;
Pingados gatarrões, gente da malta,
Eu também vos dispenso a caridade:

Mas quando ferrugenta enxada idosa
Sepulcro me cavar em ermo outeiro,
Lavre-me este epitáfio mão piedosa:

“Aqui dorme Bocage, o putanheiro:
passou vida folgada, e milagrosa;
comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro.




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